dezembro 16, 2016

Pensamentos últimos




Faz mais de um mês que não escrevo. Senti que ainda não estava preparada para encarar as teclas do meu computador, sabendo que me diriam muito mais do que gostaria de ouvir.
Grande parte do meu tempo foram vividos em um modo quase automático. A rotina pesa, e a noite não nos permite dormir. Assim vivo procrastinando minha busca interior.
Existe algo dentro de nós guiando sempre o que devemos fazer, consciente e inconscientemente. Muitas vezes queremos algo do qual não temos coragem de ter, e acabamos por voltar atrás para o que já conhecemos. O confortável. Mesmo sabendo que não é o caminho guiado. Não sabemos até que ponto somos fortes. Até sermos obrigados a ser de verdade. De certa forma, por isso, sentimo-nos na obrigação de lidar com essa escolha, e não mais desfazê-la.
Revejo as últimas semanas em minha memória, e pelo que percebo, não há nada diferente de antes. Sempre foi assim e,  me deixei levar. Agora, no escuro do meu quarto, o reflexo do que deveria ser a realidade me mostra o quanto estou errada em permanecer numa escolha que não é minha. E que nunca me pertenceu.  

novembro 23, 2016

Nós, a sós

Contigo fujo.
Me liberto da exaustão
de ter que viver uma vida
que não me pertence.
É o que me conforta....
Saber que nos teus braços,
tímidos laços,
não há interesse no exterior.

É por isso que fico:
Estava exausta.

novembro 18, 2016

Resenha: O Caminho para casa - Kristin Hannah

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Título: O Caminho Para Casa
Autor: Kristin Hannah
Editora: Arqueiro
Número de Páginas: 352

Sinopse: Durante 18 anos, Jude pôs as necessidades dos filhos em primeiro lugar, e o resultado disso é que seus gêmeos, Mia e Zach, são adolescentes felizes. Quando Lexi começa a estudar no mesmo colégio que eles, ninguém em Pine Island é mais receptivo que Jude.
Lexi, uma menina com um passado de sofrimento, criada em lares adotivos temporários, rapidamente se torna a melhor amiga de Mia. E, quando Zach se apaixona por ela, os três se tornam companheiros inseparáveis.
Jude sempre fez o possível para que os filhos não se metessem em encrenca, mas o último ano do ensino médio,

novembro 11, 2016

Tortura

No relógio
não encontro meu tempo.
Permaneço sem calma,
em prantos e lamentos.

Já não sou a mesma de antes,
passei por um contra-tempo.
Não consegui me sustentar,
colidiu tudo aqui dentro.

novembro 09, 2016

O poema da menina automática

O galo cantou.
Encarou a realidade.
Comeu por obrigação.
Sentiu o gosto da saudade.

Em lugares diferentes,
com pessoas diferentes,
Tentava adaptar-se.
Mas sempre,
sempre,
morria de saudade.

- Por quê, menina, não muda tua rotina
se a sombra do seu medo,
não te deixa à vontade?

- Se aquilo que não vivi
realmente for importar
perdi muito tempo sem sorrir
e a saudade é o que vai me restar.

Dentro dela

Assim
sozinha, 
depois de passar por tanto,
metades não sustentam.
O que falta?
Tudo.

(menos amor)

Apegada ao fracasso

Contra meus pensamentos,
e sentimentos,
busco sentido no abismo.
Aquele que sempre volto a percorrer...

Qual o motivo que me retira
da linha tênue
entra a sanidade e a loucura?

agosto 02, 2016

Virou pedra

Queria tocar,
E não podia.
Chegar,
Mas não sabia.
Dizer,
Só que não mais sentia.
Silêncio...
Após a distância que havia,
E todo sentimento que ardia,
Esmoreceu.

julho 01, 2016

É o fim?

Cansada,
Já não vejo outra saída.
A luz no fim do túnel, forte, contínua...
Arde a visão.
Chama.

Nesse momento,
Imóvel,
Vejo-me perdida.
Não há mais o que fazer.

Cada vez que olho,
E volto a olhar,
Sinto o mesmo que antes:
Medo.
Estou com medo de mim.

Qual o porquê da fraqueza?
Superastes o passado que passou?
Sempre volto a isso,

triste permaneço.

junho 29, 2016

Mudanças

O tempo passa,
Silencioso,
Quase sem se deixar notar. 

Indecisa,
Sigo nessa inconstante mania de não esquecer.
Permaneço dizendo,
Pensando,
Lamentando as mesmas lágrimas.

O tempo
tem passado.
Cicatriz que nunca cicatriza.
Se afirmando constantemente nela mesma.

Já não fujo.
Não preciso.
Mesmo onde não controlo, 
As coisas vão se encaixando,
Quase que sem querer.

Agora? Faz diferença me preocupar?
É tão claro,
O tempo passa.
Há tempos não me sentia assim.
É necessário.

junho 23, 2016

Metamorfose atemporal

Imagem de adidas, fashion, and meias

Já não sou mais a mesma. Sinto-me frustrada. A permanente indecisão do tentar, do quê tentar, faz com que esteja constantemente cansada. Perdi-me no meio do caminho. Já não sei o que fazer com meus dias. Vivo como quem vive para morrer, pois já não reajo. Estática, vendo como o tempo se arrasta carregando consigo respostas e trazendo cada vez mais questões. Penso eu, nesse instante da vida, que perdemos tanto quando esse tempo passa. Ou esperando por ele passar. Hoje, desgostada da vida, não consigo mover-me. Faço o mínimo que poderia e deixo as coisas transportarem-se, na velocidade de “uma à uma”, para o lugar que melhor se encaixam. Acostumada com o que já conheço. Também nunca soube tomar decisões. E essa estação me traz insegurança. 
Olho para trás, nessa data há um ano, e não me reconheço. Quando estamos presos as nossas escolhas, como seguir tendo tão pouco tempo para acompanhar a vida? Perdemos tanto apenas buscando felicidade, e essa é a grande frustração. Vivemos adiando sonhos, nos prendendo a escolhas, pessoas, coisas e o dia de ser feliz parece sempre estar longe de chegar. Planejamos, durante toda nossa história, apenas o desfecho que irá finalizar. E o tempo passa. Como passa...
Passo por passo, cavo minha própria solidão. Não há algo prendendo-se à mim. Viram as costas, cansam. E eu? Espero, ainda, que haja transformação dessa realidade a qual vivo, mas que já não me satisfaz. Ao contrário. Faz sofrer. Suga as forças. Não tomo decisões. O tempo passa. E dói.

junho 17, 2016

Decisão

"Hoje me vejo de fora.
Qual o risco de escolher viver?"
Com os olhos de quem chora
mesmo com peso em suas costas,
sabia que precisava correr.

O tempo corria e,
sozinha ela via,
que dia após dia,
sua mente numa constante,
não parava de sofrer.

"Menina, menininha,
toda vez que aqui volto,
sempre com o coração apreensivo,
espero encontrar contigo
com alegria em viver.

Mas assim que aqui chego,
não encontro seu sossego,
nem ânimo ao espairecer.
Quero que tenha logo
um sorriso em seu rosto,
paz no seu esforço,
e muito para agradecer."

Seus detalhes



Parei para pensar na vida, sabe? Aqueles momentos nostálgicos em que você não sabe e nem percebe se está rindo ou chorando ao lembrar... Um dos motivos que mais me emocionou, foi o momento em que você me sorriu e pela primeira vez disse “eu te amo”. Refletindo nessa história, notei que cada detalhe do seu sorriso está gravado em mim. Decorei cada expressão sua. Sei todos os jeitos que sorri e cada determinado momento em que você o faz: quando sem graça por eu ter dito algo que te faça bem, ou quando sorri tímido, com delicadeza. Quando acontece algo que para você é de muita importância, ou aquele sorriso que você faz força para evitar e não consegue, sorriso esse que, particularmente, sou fissurada! Até enquanto fala tu sorri, e talvez você não perceba, mas no fundo se o percebesse ficaria sem jeito.

E, gostaria de dizer: 
adoro te perceber, viu?
Texto refeito. Original escrito em 2011.