junho 29, 2016

Mudanças

O tempo passa,
Silencioso,
Quase sem se deixar notar. 

Indecisa,
Sigo nessa inconstante mania de não esquecer.
Permaneço dizendo,
Pensando,
Lamentando as mesmas lágrimas.

O tempo
tem passado.
Cicatriz que nunca cicatriza.
Se afirmando constantemente nela mesma.

Já não fujo.
Não preciso.
Mesmo onde não controlo, 
As coisas vão se encaixando,
Quase que sem querer.

Agora? Faz diferença me preocupar?
É tão claro,
O tempo passa.
Há tempos não me sentia assim.
É necessário.

junho 23, 2016

Metamorfose atemporal

Imagem de adidas, fashion, and meias

Já não sou mais a mesma. Sinto-me frustrada. A permanente indecisão do tentar, do quê tentar, faz com que esteja constantemente cansada. Perdi-me no meio do caminho. Já não sei o que fazer com meus dias. Vivo como quem vive para morrer, pois já não reajo. Estática, vendo como o tempo se arrasta carregando consigo respostas e trazendo cada vez mais questões. Penso eu, nesse instante da vida, que perdemos tanto quando esse tempo passa. Ou esperando por ele passar. Hoje, desgostada da vida, não consigo mover-me. Faço o mínimo que poderia e deixo as coisas transportarem-se, na velocidade de “uma à uma”, para o lugar que melhor se encaixam. Acostumada com o que já conheço. Também nunca soube tomar decisões. E essa estação me traz insegurança. 
Olho para trás, nessa data há um ano, e não me reconheço. Quando estamos presos as nossas escolhas, como seguir tendo tão pouco tempo para acompanhar a vida? Perdemos tanto apenas buscando felicidade, e essa é a grande frustração. Vivemos adiando sonhos, nos prendendo a escolhas, pessoas, coisas e o dia de ser feliz parece sempre estar longe de chegar. Planejamos, durante toda nossa história, apenas o desfecho que irá finalizar. E o tempo passa. Como passa...
Passo por passo, cavo minha própria solidão. Não há algo prendendo-se à mim. Viram as costas, cansam. E eu? Espero, ainda, que haja transformação dessa realidade a qual vivo, mas que já não me satisfaz. Ao contrário. Faz sofrer. Suga as forças. Não tomo decisões. O tempo passa. E dói.

junho 17, 2016

Decisão

"Hoje me vejo de fora.
Qual o risco de escolher viver?"
Com os olhos de quem chora
mesmo com peso em suas costas,
sabia que precisava correr.

O tempo corria e,
sozinha ela via,
que dia após dia,
sua mente numa constante,
não parava de sofrer.

"Menina, menininha,
toda vez que aqui volto,
sempre com o coração apreensivo,
espero encontrar contigo
com alegria em viver.

Mas assim que aqui chego,
não encontro seu sossego,
nem ânimo ao espairecer.
Quero que tenha logo
um sorriso em seu rosto,
paz no seu esforço,
e muito para agradecer."

Seus detalhes



Parei para pensar na vida, sabe? Aqueles momentos nostálgicos em que você não sabe e nem percebe se está rindo ou chorando ao lembrar... Um dos motivos que mais me emocionou, foi o momento em que você me sorriu e pela primeira vez disse “eu te amo”. Refletindo nessa história, notei que cada detalhe do seu sorriso está gravado em mim. Decorei cada expressão sua. Sei todos os jeitos que sorri e cada determinado momento em que você o faz: quando sem graça por eu ter dito algo que te faça bem, ou quando sorri tímido, com delicadeza. Quando acontece algo que para você é de muita importância, ou aquele sorriso que você faz força para evitar e não consegue, sorriso esse que, particularmente, sou fissurada! Até enquanto fala tu sorri, e talvez você não perceba, mas no fundo se o percebesse ficaria sem jeito.

E, gostaria de dizer: 
adoro te perceber, viu?
Texto refeito. Original escrito em 2011.